O ensaio de carregamento dinâmico DPT (Dynamic Pile Testing) avalia a capacidade de carga de estacas sob carregamentos axiais. Foi desenvolvido nos anos 1980 à partir da colaboração dos engenheiros do CEBTP (França) Jean Paquet, Bernard Heritier e os italianos da CND (Itália) Guglielmo Nava e Guido Chiesura. Parte do esquema idealizado por Edward A.L Smith (Equação da Onda) e não utiliza somente parâmetros físico-mecânicos mas também, físico-elétricos nos quais se consideram as freqüências de vibração da estaca. Essa complexa forma de análise possibilita o conhecimento do comportamento estaca-solo sem limite de tipo, diâmetro e comprimento. O DPT apresenta os resultados desejados e é respaldado por inúmeras provas de correlação com o método estático.
METODOLOGIA
As estacas são instrumentadas com transdutores de força e acelerômetros, de acordo com a normatização nacional e internacionai. A percussão da estaca gera ondas de força que são captadas pelos sensores, amplifcadas e armazenadas para análise. Os golpes são aplicados por um sistema que seja capaz de içar e soltar o martelo em queda livre, cujo peso é calculado de acordo com o tipo, diâmetro e comprimento da estaca. Tal sistema de percussão pode ser desde um quadripé com polias tanto quanto o braço mecânico de uma escavadeira. O martelo pode ser confeccionado no próprio canteiro, em concreto armado convencional. Os dados obtidos em canteiro são elaborados por software especializado, através do Método Simplifcado e da Análise Numérica Rigorosa, igualmente de acordo com normatização nacional e internacional.
VANTAGENS
• Ágil e economômico por não requerer – obrigatoriamente – um bate-estaca. Geralmente é confeccionado um bloco de concreto no próprio local, que pode ser içado por uma PC, retroescavadeira ou qualquer equipamento que o opere em queda livre;
• Possibilidade de aplicação em fundações antigas desde que os sensores possam captar as ondas do golpe. Pela reduzida dimensão do sistema percussão e sensores de alta sensibilidade, o DPT pode ser aplicado sobre o bloco ou até diretamente sobre a laje que o sobrepõe.
Apesar disso, caso exigido pelas demais partes envolvidas em uma obra, o bate-estacas pode ser utilizado.
